Como ser competitivo em um mercado altamente dinâmico dentro de um país caótico?
É com a pergunta do título que Raoni Cusma, estrategista na OROLAB, em matéria de Elaine Vale para o Painel Competitividade da revista Atualidade Cosmética, reúne para entrevistas um time de profissionais que ajudam a movimentar a economia de beleza e cuidados pessoais no Brasil, a quarta maior do mundo.
Nas entrevistas, os especialistas abordam temos como inovação, diversidade, personalização de produtos no Hair Care, além de apontarem direções para novos modelos de negócio ajustados com conceitos antropológicos modernos sobre a realidade em que o mundo atual vive.
Veja aqui um trecho com a participação de Alexandre Ferraz.
Você pode ouvir as entrevistas completas no Spotify ou assistir também pelo YouTube.
_______
Alexandre Ferraz, cofundador e diretor na Byefive & Conselheiro na Ong Cabelegria, acredita que existam dois caminhos para uma empresa trilhar, quando se fala em competitividade em um país caótico e economicamente instável. “Primeiro, ou essa marca vai ser a mais barata e competir por preço, condição para poucos, porque precisa de escala industrial de uma estrutura de divulgação que não seja tão cara -, ou ela precisará se diferenciar, criando estratégias de marca para se destacar da concorrência,” diz o empresário, que está há mais de 15 anos no ramo da cosmética, tendo iniciado sua carreira na Coferly Cosméticos – empresa da família, especializada em terceirização para coloração e descoloração capilar.
Para ele, falar pura e simplesmente de tecnologia de produto não muda muito, porque virou commodity. “Qualquer empresa que encontra um bom terceirista vai lá e faz um bom produto por um preço razoável. O caminho é encontrar um preço justo, além de criar uma conexão para que o consumidor se identifique com você. Não é pensar só na venda em si. É importante fazer um trabalho de base,” aconselha.
Alexandre explica que se posicionar como marca, entendendo o seu público é a mensagem que fica. “Se você não agregar valor real para alguém, você não vai para lugar algum. Marcas precisam mostrar a que vieram, quer um exemplo? A Lola Cosmetics tem um posicionamento muito forte. É feminista, apresenta posicionamento de embalagem, diversidade, empoderamento feminino e tem profunda conexão com os seus consumidores,” conta.
Para o diretor da Byefive, a estratégia no PDV e a participação de micro influenciadores têm aumentado cada vez mais na divulgação de lançamentos, justamente porque se torna mais humanizado e faz com que o consumidor participe ativamente. “O conceito do design contempla métricas, que vão além de conhecer o seu público apenas com a base nos dados, porque isso pode ser relativo. Na verdade, é conhecer o seu cliente com profundidade. Leva tempo e vale a pena, porque quando seu cliente se conectar a você, ele vai te escolher,” garante Ferraz.
_______
Veja ainda as entrevistas de Raoni Cusma com Ariana Estevão Dias, especialista em PD&I (ex-Natura e L’Oréal), Adilson Marinheiro, químico e especialista em PD&I, Caio de Santi, CEO da Just For You e Carol Ribeiro, mestre em cosmetologia.